quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Constelação dos Milagres

Na calmaria do silêncio, escuto seus passos
de uma forma que eu pude arrepiar
Vendo a chuva passar
O vento abrir e a brisa tocar
sonho de uma noite de verão
uma noite qualquer
um dia sem você, é como uma eternidade
sozinho no paraíso, sou tão transparente
quanto um espelho

preciso de você, mais do que precisa de mim
sua voz atravessou uma barreira inimiga
da imaginação, adormeci como
se nunca tivesse dormido, amanheci
depois de ter sofrido
eu morri mas porém sem ter vivido
me acordei com medo na sombra da dúvida
a chama que acende em você se apaga em mim

preciso saciar a sede bebendo do seu veneno
no enterro da ilusão morre a nostalgia
mas a mesmice permanece na fantasia
a chama surge trazendo um novo dia
brilhando para nós até o albatroz.